terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mãe, nem sabe, também sou HOBBIT.

Aos 11, 12 e 13 anos (quando os filmes foram lançados) eu pouco estava me fodendo pra O Senhor dos Anéis e aqueles filmes grandões, eu queria mesmo era terror, sangue e a putaria de American Pie. Meu amor por OSDA só veio quando por brincadeira eu peguei o livro de um amigo e comecei a ler, aos 16 anos. Eu precisava daquele filme. Eu precisava saber se o filme era a representação daquilo tudo que eu imaginei ao ler. Pelamor... Que coisa linda. Lembro de assistir todos eles em um dia. De ficar querendo mais. Ahh... Que filme! Que estória! Que Frodo! Que Sam! Que Pippin! Que Merry! Ahhh...

Eu tinha os DVD's duplos e tals, mas aí lançaram uma "Edição Estendida" com milhões de extras, mais minutos de filme, essas coisas. Comprei o box e que coisa linda. Novamente sentei pra assistir tudo e amei ainda mais. Tudo nessa estória me emociona, anima e orgulha. Sábado agora eu parei pra rever toda a trilogia e cheguei a uma conclusão: eu sou um pouquinho HOBBIT com meus amigos.
Eu poderia ficar aqui falando sobre todo o filme e exaltar como ele é maravilhoso, mas resolvi falar o quanto do DH se encontra nesses pequenos quatro seres incríveis. 

Eu sendo Pippin.




Por muitas vezes eu sou aquele atrapalho em pessoa quando quero ajudar meus amigos, que o diga a Kenny, nesse ponto eu sou meio Pip. Cara, é sempre assim: eu tô ali empolgado dando meu máximo, e algumas vezes (na grande maioria) eu vou ajudar, mas eu vou cometer uns equívocos ali pelo meio do caminho. Porém, no fim eu sempre tiro boas risadas dos meus amigos com esses erros. É bom rir de si mesmo, dos seus erros, muito melhor que acumular arrependimentos. Claro aprendendo sempre com eles.
Eu vou saber dar valor a quem se sacrificou por mim, no fim eu vou honrar esses que se doaram por mim. Eu vou oferecer meus serviços (ui!), vou estar alí para o que der e vier.

Eu sendo Merry.



Deixa eu te falar: eu sempre vou ser aquele braço direito na vida dos meus amigos, sempre vou ser o chato que vai ficar reclamando, reclamando e reclamando até a pessoa entender o que eu quero. Vou ser o tagarela, o reclamão... Mas, no fundo eu sempre vou estar ali do teu lado, mesmo que eu não saiba fazer porra nenhuma do que tu tá precisando, eu vou me dispor. Vou tentar. E com o tempo, ou até um pouco de sorte eu vou conseguir fazer o que você precisa. Diego, Vanesa e Gabriela sabem bem disso, eu sempre tô ali pro que der e vier.
Eu vou lutar por eles, vou combater aquilo que mais me dá medo sem necessitar de algo em troca. Terei a maior alegria em não levar o crédito, mas saber que fui essencial para que algum deles alcance alguma vitória. Terei sempre aquele espírito de "vamos nos divertir" depois de todo o trabalho duro que possamos ter.

Eu sendo Frodo.




O que eu queria mesmo do Frodo era os olhos, pq né? ~pfvr Porém, nele eu consigo enxergar muitas coisas que se escondem no meu peito. Eu tenho esse espirito corajoso e medroso ao mesmo tempo. Aquele passo apressado, aquela vontade de seguir a minha missão, mas ao mesmo tempo de terminar pra que assim eu possa voltar a ser aquela criatura comum. Eu não sei o quanto eu sou corajoso, mas eu sei que se eu não tiver ajuda eu vou fraquejar e meu lado medroso vai aflorar. E isso é o que mais tenho de parecido com ele: eu preciso e valorizo os meus amigos.
Eu costumo dizer que tenho só 11 amigos que posso contar, que se eu precisar vão estar ali pra mim, apesar de eu não ter pedido muito a ajuda deles. Tem esses quatro que já citei, mas tem o Pedro, o Ailton, o Gilvan e o Tarcio, que apesar de não interagirmos direto como deveríamos, sei que sempre estão alí por mim se eu precisar. Eu valorizo isso pra caralho, volta e meia consigo dizer o quanto amo essas criaturas. E o quanto é bom saber que tenho eles.

Eu sendo Sam. <3 comment-3--="">



Ah, o Sam... Vou falar um pouco do Sam que tem dentro de mim. Dos quatro o que mais possui o jeito DH de ser. Sério mesmo. A curiosidade o levou a grande aventura de sua vida. Ele não se considerava protagonista dessa estória, muito menos participante dela. Ele achava que era um mero peão naquele tabuleiro. Tem como definir o DH aqui melhor? Eu que muito me anulo pelos outros. Eu que me doo por completo aos amigos. Foi preciso muita gente me dizer o quanto sou importante pra que finalmente eu me desse conta disso.
Tipo, eu tenho um amigo, o Paulo que muito chegou a duvidar de si, dos seus princípios... Nesses momentos ele foi o meu Frodo no pântano dos mortos. O Ytalo por outro lado, muitas vezes me disse que se sentia sozinho, e várias vezes eu já disse pra ele que não importa onde ele for e o que fizer, eu vou estar lá pelo meu amigo/irmãozinho, sendo chato, ranzinza e o caralho, mas vou estar lá, assim como o Sam sempre esteve ali pelo Mr. Frodo. Aí tem o Cícero que já foi muito o meu Frodo no pé do vulcão. Quantas vezes ele já disse que tinha medo da derrota e de não ter forças pra seguir, que teve medo do que poderia acontecer?! Eu já cheguei a dizer, mas vou falar de novo, "eu posso até não poder carregar (seus medos, erros, inseguranças...) por você, mas eu posso te carregar". Eu vou estar lá por ti mano. Sempre. 

E tudo isso se resume em eu sendo DH.

Viu como eu sou um Hobbit? 

sábado, 18 de janeiro de 2014

DH e a Puta das Putas

Esse é meu relacionamento com a vadia das vadias: Alanis Morissette. Aí os mais novos, como se eu fosse um velho caquético, vão perguntar: quem??! E lógico que vou contar a história dessa LINDA, mas claro, na versão "Dh's Life".Conheci Alanis meio que tardiamente, já que quando ela surgiu por meados de 1995 eu apenas tinha meus 5 anos, e não partilhava das mesmas experiencias cantadas por ela em "Jagged Little Pill", mas foi com  "Supposed Former Infatuation Junkie" lá em 1998 que eu, mesmo com 8 anos me apaixonei por aquela garota cantando nua em vário lugares sobre gratidão, até aos momentos ruins. Acho que lembro até hoje da primeira vez que vi o clipe de "Thank U" na MTV. E claro que naquela época eu não sai correndo e baixei o CD dela na "net", muito menos sai pra comprar o disco na loja. Acho que nem sabia nome dela direito. E pra esse cara aqui, ela começou a existir a partir de "Thank U". Daí eu acompanhei a carreira dela pela MTV, os clipes que saiam eu sabia quase de cor as letras, mesmo não sabendo nada de inglês. As outras músicas que não viraram clipes eram como se não existissem. Confesso que fui esquecendo de Alanis com o tempo, até porque eu era fã dela apenas pelos vídeos, e a partir do momento que ela foi sumindo da telinha, ela foi sumindo da minha vida. =(Foi só em 2005 que ela novamente entrou na minha vida. E daí pra frente ela sambou na minha cara bonito. Eu com meus 15 anos(praticamente um debutante) com todos os hormônios em ação, eclodindo. Tantas paixões não iniciadas. Coisas que queria gritar. Ela vem e me lança "Crazy", uma versão do Seal, que venha e convenhamos eu nem conhecia, então pra mim a música era dela. A faixa fazia parte de uma compilação de hits e soundtracks o "The Collection". Comprei. Já trampava mesmo, e recebia pensão do pai, então gastava meu dinheirinho basicamente com música e filmes. Pirei total em todas músicas, encontrei lá, é claro, aquelas músicas que a muito estavam escondidas na minnha mente e como se fosse fácil lá estava eu cantando elas novamente com a mesma facilidade de antes. Aí sim foi uma caça as bruxa literalmente: comprar todos os discos e DVD's que ela lançou até ali. Confesso que ficava puto quando não encontrava, e por isso fui comprando os que via por aí. Até que consegui fechar minha coleção ano passado. Com um dos discos vindo direto from UK já que aqui no BRAZIL não se fabricaria mais. Foi como mágica sentar um dia diante toda a minha sala, no escuro, com o som no talo escutar um por um na sequencia de lançamento e perceber o quanto aquela mulher podia descrever a minha vida em suas músicas. Tipo, ok, aquele que acha que as músicas foram feitas pra ele. Saber que que eu poderia enviar a letra de "You Oughta Know" àquele primeiro amor que ligou o foda-se e me mandou pra longe sem se ligar nos meus sentimentos. Ou então escutar "Forgiven" e não lembrar de meus tempos de católico fervoroso. Ter seu primeiro termino de namoro exposto em "Your House" era coisa pra poucos. Tentar entender os muitos caminhos que a religião traça em cada ser em "Baba". Ver um pouco do seu relacionamento paterno ali em "The Couch". Fazer de "That I Would Be Good" seu mantra diário. Ser apresentado a uma das melhores bandas EVER diante a versão dela de "King of Pain" do "The Police". Ter representado em "No Pressure Over Cappuccino", especificamente na hora que ela "me compara" com Noé uma parte de sua vida. Ver que não é só você que tem grandes expectativas diante as pessoas em "Precious Illusions". Poder dizer que "Utopia" é sua música preferida de todos os tempos. Arranjo, letra, emoção, tudo isso numa música só??! Mostrar meu ponto de vista sobre toda a pressão que eu estava sentindo no final de minha facul em "So-Called Chaos". "Excuses" mostra muito bem o período de covardia que passei na transição do EM para o Superior (These excuses, how they served me so well.). Com o disco "Flavors of Entanglement" todo ela me ensinou como a maturidade reflete nos nossos problemas pessoais. E que cada fase reflete uma forma de encarar as soluções. Ás vezes pode ser gritando e machucando os outros como fizeram conosco (Jagged Little Pill) ou com o amadurecimento dos nossos sentimentos podemos apenas mostrar pra quem nos machucou e pra nós mesmos o quanto o tempo nos fez bem e nos transformou em alguém seguro e que pode reger sua vida amando-se em primeiro lugar (Flavors of Entanglement).Poderia ficar aqui mostrando como cada música dela tem um significado em minha pequena vida e como fará parte eternamente, mas eu ficaria cansado e também eu não quero escrever um livro sobre isso, só mostrar meu amor por essa puta linda. E mostrar aos demais como ela é talentosa e magnífica no que se propõe a fazer.


E bicho, depois de 18 anos, só no  mainstream, ela consegue arrastar multidões ao seus shows, encantar novas pessoas e ainda lançar um excelente álbum de inéditas, é um sinal que ela continua atual e que tá aí pra fazer nossos corações pirarem a cada novo riff ou sintetizador. Pra falar de amor, rancor, alegrias, angustias, paixões, términos, maternidade, casamento, fama, religião, e acima de tudo da VIDA. HABL é um disco coeso, apesar de que eu esperava muito mais dele, mas expectativas sempre matam um pouco com qualquer coisa, porém com o tempo ele se mostrou um disco bem bom. As letras continuam diretas e cheias de significados, mas claro a maternidade e o sentimento "mãe" aflorou demais, o que não é totalmente ruim, mas peca por ser cansativo quanto ao tema. Acho que não estávamos acostumados a ver essa Alanis feliz. Olha que horror... LOL. Se eu fosse indicar uma música, acho que indicaria a minha preferida do disco por mostrar um pouco da Alanis do passado mesclada com essa "nova" Alanis: "Edge Of Evolution". Vi essa música ao vivo e olha, pelo amor que paixão com que ela canta.

Acho que é por isso que Alanis escreve tão bem e descreve tão bem as histórias pessoais de milhões de pessoas: ela escreve sobre sentimentos comuns da vida. Coisas que podem acontecer a qualquer um. Com certeza você se identificará com alguma música. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Oi mãe...

Pois é, eu preciso falar isso que não cabe mais no meu peito nem na minha cabeça. Na realidade esse manifesto vale para meu pai, padrasto, irmãos (são muitos, não vou aqui citar cada um) e a vaca da minha madrasta (sua linda, te odeio!). Eu preciso desabafar, sério mesmo. Isso é muito difícil, nunca pensei que precisaria recorrer à internet para isso, mas o mundo é muito preconceituoso com aquilo que não entende, com o que não conhece. É difícil pra qualquer familiar ouvir isso, mas mãe, eu sou INDIE.
Eu sei que a senhora não me criou pra isso, que a senhora tinha outros sonhos, a senhora queria andar pelas ruas de cabeça erguida e isso não vai deixar mais. "Como assim eu tenho um filho INDIE?" tenho certeza que a senhora tá pensando nisso. Eu não queria. É algo que nasceu comigo. A ciência já provou isso. Não adianta a senhora chamar o RR Soares nem o Padre pra orar na minha cabeça. Eu sou assim. Deus fez-me assim. Eu não vou mudar por ninguém.
Eu vou continuar escutando Lana Del Rey e proclamando pra todo o mundo que "minha xoxota tem gosto de pepsi", a sociedade vai ter que aceitar que eu e o The Killers "não queremos uma mera foto no nosso telefone, a gente quer nosso amor aqui do nosso lado", a senhora tem que entender que como disse o 30"2M "eu nasci do ventre de um homem venenoso", eu tenho que mostrar que "eu tenho o que ela quer", assim como o KOL. Não tenho que me preocupar com "o que os outros vão pensar, nem onde vou chegar" como diz o AGRIDOCE.
Mãe, eu só peço  pra que compreenda que eu não sou mais um desses popzinhos que tem milhões de curtidas no "feice", que faz tudo pra que todos sejam legais com eles, eu não vou pro "pegadas", nem pro "república real", eu não vou me socializar com esses vizinhos que escutam "Jorge&Mateus", eles não me entendem... Eu sei que sou uma minoria, eu vou sofrer minha vida toda por isso, mas eu vou ser forte, vou lutar. Sabe que eu acabei de ver que sou da minoria das minorias, eu sou um EMO INDIE GORDINHO PRETINHO. Nossa, eu acumulei QUATRO preconceitos. LOL!
Eu não quero que a senhora se preocupe sempre que eu sair pra curtir meu barzinho, eu prometo não deixar ninguém dar uma "lampadada" na minha cara, porém não posso fazer nada se tiver um idiota e ele quiser fazer isso comigo. Eu disse que não ia "deixar", não falei que isso não poderia acontecer. :p